Motivo
|
Milhões de mortes/ano
| |
1
| Infarto * |
7,25
|
2
| AVC * |
6,15
|
3
| Infecções pulmonares * |
3,46
|
4
| DPOC * |
3,28
|
5
| Diarreia |
2,46
|
6
| Aids * |
1,78
|
7
| Câncer do trato respiratório * |
1,39
|
8
| Tuberculose |
1,34
|
9
| Diabete * |
1,26
|
10
| Acidentes de carro * |
1,21
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Exercício: um remédio para doenças da pesada
A medicina não combate grandes inimigos da saúde só com pílulas. Hoje, suar a camisa é parte central no tratamento de sete dos dez males que mais matam no mundo"Ficar sem se movimentar é um enorme risco. A cama mata", afirma Rui Curi, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da Universidade de São Paulo. A frase é forte, mas não sem motivo - basta olhar a lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de problemas que mais enumeram vítimas para compreender sua seriedade. Isso porque no top 10 desse ranking encontram-se nada menos do que sete quadros possíveis de serem prevenidos ou ao menos controlados por meio da atividade física (veja abaixo). Mesmo assim, só 30% dos médicos americanos receitam movimentação constante em situações em que ela seria definitivamente benéfica. "O panorama no Brasil é semelhante", lamenta Renato Nachbar, educador físico do ICB.
Até por isso, a revista científica The Journal of Physiologypublicou um comentário sobre a hipótese de o sedentarismo ser, por si só, encarado como uma doença. "O bom é que ele tem cura: doses regulares de exercício físico dão conta do recado", comenta Michael Joyner, anestesiologista da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, e autor do artigo. "Se recomendarmos mais desse medicamento natural, prescreveremos menos drogas para contornar vários transtornos, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas", arremata.
Em 2011, o governo federal criou o Programa Academia da Saúde, que visa construir 4 mil polos para a prática de exercícios até 2014, além de já ter incorporado centros similares em vários estados. "Doentes crônicos que vão a esses locais podem diminuir a quantidade de medicamentos tomados", ressalta Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Nas academias do Rio de Janeiro, 83% dos frequentadores passaram a ingerir menos remédios e 7% nem precisaram mais deles.
Já na iniciativa privada, a Companhia Athletica firmou uma parceria com o Hospital Samaritano, na capital paulista. A partir dela, indivíduos tratados nesse hospital com uma enfermidade em que suar a camisa acarrete benefícios ganham descontos e avaliações físicas e nutricionais nas unidades da rede de academias. "O médico recomenda especificidades para o educador físico e acompanha a evolução do paciente a todo momento", informa Patrícia Lobato, consultora da Companhia Athletica. "Parcerias assim oferecem um treino supervisionado e direcionado às limitações de cada um", completa Roberto Cury, cardiologista do Hospital Samaritano.
Se o exercício é remédio, dosá-lo é primordial. Confira a seguir seus efeitos nas mais temidas doenças do mundo e saiba o que importa, em cada caso, para que ele seja um medicamento, e não um veneno.
As principais causas de morte
Fazer um esporte ajuda a tratar os problemas marcados com asterisco nesta lista perigosa.
Fatores de risco que mais matam
1 Alta pressão arterial *
2 Tabagismo *
3 Hiperglicemia *
4 Inatividade física *
5 Sobrepeso e obesidade *
6 Altos índices de colesterol *
7 Sexo inseguro
8 Consumo de álcool *
9 Subnutrição infantil
10 Inalação interna de combustíveis sólidos
O sedentarismo está em quarto lugar no ranking da OMS. Mas, se pensar bem, ele contra-ataca todos os itens com asterisco.
1º causador de mortes: Infarto
Tanto é fundamental se mexer para escapar do líder do ranking da OMS que o Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, tem uma ala especialmente dedicada a deixar em forma indivíduos que já passaram por panes no peito. "Após o infarto, trabalhamos para recuperar a função cardíaca o mais rapidamente possível. Logo depois, iniciamos treinos que evitem novos eventos desse tipo", explica a cardiologista Patricia Oliveira, da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício da instituição. No coração, a atividade física age em duas frentes. Primeiro, promove uma verdadeira faxina nas artérias, retirando de cena o LDL, aquele tipo de colesterol que financia a formação de placas nos vasos. Esses acúmulos gordurosos, se não domados, crescem até impedir totalmente o sangue de circular por lá. Ao mesmo tempo, a malhação colabora para manter as artérias jovens por um bom tempo (veja nos infográficos abaixo).
CONFIRA MATÉRIA COMPLETA ACESSANDO O LINK ABAIXO:
Fonte: saúdeabril
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