Exercício: um remédio para doenças da pesada

segunda-feira, 19 de novembro de 2012.
A medicina não combate grandes inimigos da saúde só com pílulas. Hoje, suar a camisa é parte central no tratamento de sete dos dez males que mais matam no mundo"Ficar sem se movimentar é um enorme risco. A cama mata", afirma Rui Curi, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da Universidade de São Paulo. A frase é forte, mas não sem motivo - basta olhar a lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de problemas que mais enumeram vítimas para compreender sua seriedade. Isso porque no top 10 desse ranking encontram-se nada menos do que sete quadros possíveis de serem prevenidos ou ao menos controlados por meio da atividade física (veja abaixo). Mesmo assim, só 30% dos médicos americanos receitam movimentação constante em situações em que ela seria definitivamente benéfica. "O panorama no Brasil é semelhante", lamenta Renato Nachbar, educador físico do ICB. 

Até por isso, a revista científica The Journal of Physiologypublicou um comentário sobre a hipótese de o sedentarismo ser, por si só, encarado como uma doença. "O bom é que ele tem cura: doses regulares de exercício físico dão conta do recado", comenta Michael Joyner, anestesiologista da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, e autor do artigo. "Se recomendarmos mais desse medicamento natural, prescreveremos menos drogas para contornar vários transtornos, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas", arremata. 

Em 2011, o governo federal criou o Programa Academia da Saúde, que visa construir 4 mil polos para a prática de exercícios até 2014, além de já ter incorporado centros similares em vários estados. "Doentes crônicos que vão a esses locais podem diminuir a quantidade de medicamentos tomados", ressalta Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Nas academias do Rio de Janeiro, 83% dos frequentadores passaram a ingerir menos remédios e 7% nem precisaram mais deles. 

Já na iniciativa privada, a Companhia Athletica firmou uma parceria com o Hospital Samaritano, na capital paulista. A partir dela, indivíduos tratados nesse hospital com uma enfermidade em que suar a camisa acarrete benefícios ganham descontos e avaliações físicas e nutricionais nas unidades da rede de academias. "O médico recomenda especificidades para o educador físico e acompanha a evolução do paciente a todo momento", informa Patrícia Lobato, consultora da Companhia Athletica. "Parcerias assim oferecem um treino supervisionado e direcionado às limitações de cada um", completa Roberto Cury, cardiologista do Hospital Samaritano. 

Se o exercício é remédio, dosá-lo é primordial. Confira a seguir seus efeitos nas mais temidas doenças do mundo e saiba o que importa, em cada caso, para que ele seja um medicamento, e não um veneno. 

As principais causas de morte
 
Motivo
Milhões de mortes/ano
1
Infarto *
7,25
2
AVC *
6,15
3
Infecções pulmonares *
3,46
4
DPOC *
3,28
5
Diarreia
2,46
6
Aids *
1,78
7
Câncer do trato respiratório *
1,39
8
Tuberculose
1,34
9
Diabete *
1,26
10
Acidentes de carro *
1,21


Fazer um esporte ajuda a tratar os problemas marcados com asterisco nesta lista perigosa.


Fatores de risco que mais matam 

1 Alta pressão arterial *

2 Tabagismo *

3 Hiperglicemia *

4 Inatividade física *

5 Sobrepeso e obesidade *

6 Altos índices de colesterol *

7 Sexo inseguro

8 Consumo de álcool *

9 Subnutrição infantil

10 Inalação interna de combustíveis sólidos 

O sedentarismo está em quarto lugar no ranking da OMS. Mas, se pensar bem, ele contra-ataca todos os itens com asterisco.

1º causador de mortes: Infarto 

Tanto é fundamental se mexer para escapar do líder do ranking da OMS que o Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, tem uma ala especialmente dedicada a deixar em forma indivíduos que já passaram por panes no peito. "Após o infarto, trabalhamos para recuperar a função cardíaca o mais rapidamente possível. Logo depois, iniciamos treinos que evitem novos eventos desse tipo", explica a cardiologista Patricia Oliveira, da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício da instituição. No coração, a atividade física age em duas frentes. Primeiro, promove uma verdadeira faxina nas artérias, retirando de cena o LDL, aquele tipo de colesterol que financia a formação de placas nos vasos. Esses acúmulos gordurosos, se não domados, crescem até impedir totalmente o sangue de circular por lá. Ao mesmo tempo, a malhação colabora para manter as artérias jovens por um bom tempo (veja nos infográficos abaixo).

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Fonte: saúdeabril

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